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Maçonaria é uma das Instituições mais antigas em atividade no mundo. A
sua forma atual surgiu em 1717 na Inglaterra, suas origens
institucionais são da Idade Média, entretanto, suas origens filosóficas
vão além, pois a Maçonaria é guardiã dos princípios de ética e
moralidade que desde o nascer da humanidade tem permitido a esta sua
constante evolução.
Não
se sabe exatamente como nem quando começou. Para muitos estudiosos ela
originou-se das antigas escolas de mistérios, no antigo Egito, por volta
de 3.600 a.C. Para outros, ela surgiu na Idade Média com as corporações
de construtores das catedrais e castelos. Há evidências, segundo outros
autores, de que ela foi influenciada, em seus primórdios, pela Ordem
dos Cavaleiros Templários, formada em 1118 para ajudar e proteger os
peregrinos em suas viagens à Terra Santa.
O vocábulo
Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do
francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o
pedreiro e o Maçon atual?
A Maçonaria
apresenta duas fases: a primeira, operativa, e a segunda especulativa. Na
primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados.
A segunda fase é denominada especulativa, de vez que os seus adeptos
são homens de pensamento.
Desde a antiguidade,
os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma
espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam
como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores
de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades
eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais
como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí
a denominação francesa de franc-maçon traduzida como
pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real,
cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem
dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um
Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho
constante. Seria o Templo Ideal.
Os pensadores
e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos,
perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de
protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos.
Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição
a Maçons Antigos, os construtores.
Claro que nem
todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos,
porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam
a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos
e respeitar as regras.
No séc.
XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos,
com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole,
alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646.
A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade,
cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão,
templo ideal das ciências.
Elias Ashmole
obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões
no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes
da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente
dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências
ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito
de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente
à iniciação.
Primitivamente
havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro,
pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma
construção.
Em 1964, foi
criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva
das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou
grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação
orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia,
e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito
em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver
tendências para instituição filantrópica.
Em 1723 foi aprovado
o Livro das Constituições maçônicas, revisto por
Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson,
tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma
doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta
a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes
públicos.
Esta origem,
ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica
estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos
mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são
os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua,
o nível, etc.
No Brasil a Maçonaria
torna-se uma instituição em 1822, na cidade do Rio de Janeiro e, hoje
está presente em todo o território nacional.
Todo Maçon
está imbuído no propósito da construção:
construção do templo da virtude e da verdade, construção
de si mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção
de um mundo melhor.
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