sábado, 12 de novembro de 2011

O MASSACRE DE MUNIQUE

Hoje estava a ver um filme,que sinceramente me fez pensar um pouco sobre os atos cometidos em toda a nossa história nesse planeta Terra.

O filme de nome Munique,conta a história ocorrida na cidade olímpica de Munique,na Alemanha,no período das olimpíadas do ano de 1972.

Mas antes de mais nada,precisamos conhecer um pouco do contexto da época.

Em setembro de 1970 ocorreu uma frustrada tentativa de golpe de estado na Jordânia contra o Rei Hussein II, comandada pela então terrorista  OLP (Organização da Libertação Palestina). Na ocasião, o rei jordaniano iniciou uma campanha contra militantes políticos palestinos no país. Aliás, Hussein II foi o único líder árabe a condenar veementemente a ação terrorista nos Jogos de Munique.

Em resposta à repressão de estado jordaniana, foi criada a organização paramilitar "Setembro Negro", comandada por membros da Fatah (organização comandada por Yasser Arafat), contando com o apoio de membros da As-Sa'iqa e OLP. O terrorista Mohammed Daoud Oudeh foi o mentor intelectual das ações da organização. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o "Setembro Negro" era um braço extremista da Fatah, que estava ciente de suas atividades.

Os Jogos Olímpicos, pela sua importância e grande cobertura de mídia, já haviam sido palco de outros incidentes.Mas tudo parecia correr bem em Munique, sede das Olimpíadas de 1972.


A cidade era fortemente vigiada por mais de 15 mil policiais que representavam a segurança
que a então Alemanha Ocidental queria mostrar ao mundo 36 anos depois da Olimpíada organizada no país sob o regime nazista de Adolf Hitler. A chamada “Guerra Fria” tinha dividido o país em dois (Alemanha Ocidental, capitalista, e Oriental, comunista) e dividira ao meio a antiga capital, Berlim. A Alemanha Ocidental procurava mostrar-se democrática e rica, para fugir à sombra de Hitler e do comunismo e ao mesmo tempo da pobreza da Alemanha Oriental. 

Eram 4h30 da manhã de 5 de setembro, durante a última semana dos jogos, quando cinco terroristas usando roupas esportivas escalaram a grade que cercava a vila olímpica. Já dentro da vila onde os atletas dos quatro continentes estavam alojados, eles se encontraram com mais três que já haviam entrado com credenciais. No espaço de 24 horas, 11 israelenses, 5 terroristas e um policial alemão morreriam, manchando de sangue a até então tranqüila Vila Olímpica e para sempre a memória dos jogos olímpicos.

Os oito terroristas palestinos do grupo conhecido como "Setembro Negro" aproveitaram a escuridão e, vestidos como atletas, entraram na Vila Olímpica. Invadiram mais precisamente as habitações de israelenses, e começaram a disparar. O resultado foi a morte instantânea do treinador de luta Moshe Weinberg, e a do halterofilista Joseph Romano. Somente um deles, Touviah Sokolovski, pôde escapar pulando de uma janela. Os nove restantes foram capturados e seqüestrados pelos terroristas, cuja exigência era clara: a libertação de 200 prisioneiros palestinos detidos em Israel. Se as autoridades não atendessem, os reféns seriam assassinados.

Os jogos só foram interrompidos 12 horas após o início da crise. E continuaram no dia seguinte ao massacre. Um Memorial foi realizado no estádio Olímpico de Munique no dia 7 de setembro, envolvendo três mil atletas e 80 mil espectadores. As bandeiras dos países envolvidos nos Jogos de Munique ficaram a meio-mastro, porém dez nações árabes exigiram que ficassem no topo, o que acabou sendo realizado.

Depois de angustiosas negociações, que se estenderam durante horas, as autoridades alemãs conseguiram levar os seqüestradores e os reféns ao aeroporto militar de Führstenfeldbrück, onde aparentemente um avião estaria esperando para levá-los ao Egito. Uma vez no Cairo, e segundo o previsto no acordo, os terroristas palestinos entregariam os atletas em troca dos prisioneiros. No entanto, era uma armadilha. Helicópteros começaram a sobrevoar a área, e dentro deles atiradores de elite alemães começaram a disparar sobre os terroristas. Estes, cegos pelos refletores do terminal aéreo, responderam atirando em todas as direções, incluindo no lugar onde estavam os reféns. O resultado foi dramático: 17 mortos (os nove atletas de Israel, cinco dos oito terroristas, um policial alemão e o piloto de um dos helicópteros). Foi, sem dúvida, a pior noite vivida na história das Olimpíadas.

AS VÍTIMAS:

Kehat Shorr, atirador
 
Yossef Romano, halterofilista
 
David Berger, halterofilista
 
Ze'ev Friedman, halterofilista
 
Jacov Springer, juiz de halterofilismo
 
Mark Slavin, lutador
 
Eliezer Halfin, lutador
 
Moshe Weinberg, técnico de luta
 
Yossef Gutfreund, juiz de luta
 
Andre Spitzer, técnico de esgrima
 
Amitzur Shapira, técnico de atletismo
 
Anton Fliegerbauer, policial alemão

 

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