Hoje em dia nós vemos as crianças em frente a computadores, tablets, celulares, vídeo-games e uma infinidade de outras distrações da indústria do entretenimento e muitos de nós pensamos: "bem, pelo menos a criança está quieta" ou "isso é bom para ele, ajuda a desenvolver", mas, será que estamos certos ao pensarmos assim?
Antigamente tínhamos alguns livros que eram "adaptados" ao meio escolar, estes livros vinham com pequenos questionários ao fim de cada capítulo, fazendo com que a criança viesse a ler todo o conteúdo para responder aqueles questionários, assim como, quando o professor(a) passa algum trabalho para fazer uma pesquisa, por exemplo, o aluno precisava se esforçar e ler para fazer a tarefa, já hoje, com a internet acessível a todos, ou a grande maioria (não estou reclamando disso, gente), as crianças não precisam mais ler e pesquisar, no sentido original da palavra, você apenas digita o que quer no Google (o pai de todos) e como um passe de mágica, lá está, tudo o que você precisa saber e um pouco mais.
É claro que não podemos falar apenas das crianças, pois nós, também gostamos (e muito) das facilidades que a internet traz, afinal, quando um professor te passava uma simples tarefa, você precisava se empenhar durante todo o fim de semana e hoje, em 30 minutos, está lá, toda a sua tarefa, completa.
Entramos então com um dilema: Como fazer para incentivar nossas crianças a lerem mais?
Hoje, nós temos mais do que nunca, instigar a curiosidade da criança, em alguns momentos, precisar sim nos privar dos benefícios da tecnologia e investir um pouco mais de nosso tempo com nossas crianças, afinal, elas são o espelho do que fazemos, assim, se nós não temos o costume de ler e ficamos apenas em frente à TV e computador, como podemos exigir que uma criança possa se aventurar e descobrir novos mundos através da leitura?
Nós precisamos apresentar nossas crianças ao fantástico mundo da leitura, fazer com que elas criem o seu próprio universo de imaginação e não apenas acompanhe o que uma outra pessoa já criou e é oferecido a ela. A criança precisa viver as aventuras, se sentir como se estivesse no cometa, junto com o Pequeno Príncipe, ou no cavalo de Dom Quixote, precisa olhar para uma estrada em meio a mata e imaginar Chapéuzinho Vermelho saltando e cantando por ali, precisa ver uma casinha e tentar adivinhar qual dos Três Porquinhos construiu aquela casa, se acontece, logo logo a criança já não será uma criança, será um jovem aventureiro que quer sair com Frodo, seguindo até Mordor para destruir o anel, logo vai querer acompanhar Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, ou vai querer se apaixonar como Romeu e Julieta, viajar até o Japão no viagem de Xógum, conhecer Gabriela e se apaixonar por ela...
Mas para tudo isso, primeiro, essa criança precisa ser cativada e incentivada, e então, você verá o quanto essa criança poderá ser independente, forte e realizada...
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